sábado, 15 de dezembro de 2012

Tarefas

  Sou tão inconstante que chega a me dar raiva,as pessoas que me rodeiam que o digam.
  Começar tarefas e e termina-las é um tremendo fardo,ouso dizer que sou um pouco perfeccionistas,mas não dos tradicionais,óbvio.
  As vezes só de pensar em começar uma tarefa e saber que não farei com perfeição,desisto,e se faço, e o resultado não é o projetado em minha mente, me frusto,ou seja,sempre me frusto.
  Por exemplo,quando vou lavar roupas brancas,quero que elas fiquem iluminadas de tão brancas,como sei que nunca vou conseguir esse resultado,as vezes simplesmente não faço,e se faço,já começo a tarefa com pensamentos negativos de que mais uma vez vai dar errado.
  Esse pessimismo baseado em realismo com experiências passadas(ou experiências imaginadas) me(nos) fazem diferente de muitas pessoas,a maioria delas não se importam em começar uma tarefa e o resultado não ser o esperado,elas se arriscam e não se importam se vão fazer tudo de forma correta.
  Somos perfeccionistas acomodados,que não começam as coisas com a suposição que não vai dar certo,e se não for pra sair como desejado,é melhor que não aconteça.
  Penso que a melhor maneira de tentar resolver isso é começar pelas tarefas minúsculas,como tomar café da manhã,mas isso é assunto para outro post.

RESUMO DO DIA:
CORTES:0
TENTATIVAS DE SUICÍDIO:0
OBSERVAÇÃO: A PROPAGANDA DE UM TAL SUPERPAPO NA REDETV DEVE TER TIDO UM ORÇAMENTO BAIXÍSSIMO,PORQUE PELAMOR....
  

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Humor da Depressão #1

  Hoje vou trazer algumas tirinhas satirizando a depressão,seria trágico se não fosse cômico,rsrsrsrs.









RESUMO DO DIA:
CORTES:0
TENTATIVAS DE SUICÍDIO:0
OBSERVAÇÃO:ODEIO O ESCURO.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Filmes e Livros #1

  Como pretendo atualizar o blog diariamente,aos poucos vou criar sessões semanais,abordando o border e fragmentos relevantes de algumas experiências.
  Toda quarta além do post tradicional, vou postar um filme e um livro, fazendo uma breve observação do quanto afetaram ou não a minha vida,até porque resenhas já existem aos montes pela internet e o blog não se trata disso.

 Os escolhidos para a abrir  a seção:

Filme : O discurso do rei

O Discurso do ReiSinopse:Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).
Comentário: Excelente roteiro e atuações,o que mais me surpreendeu foi como o diretor trabalhou as cenas,fugindo da linguagem cinematográfica,ele sempre demonstrava o quanto o Rei George era e se sentia deslocado.É um belo filme para o border,por não usar as tiradas clichês que os filmes de superação geralmente usam,é baseado em uma história real,a grande amizade construída entre George e Lionel é um show a parte.Só com o apoio das pessoas queridas, ele começou a superar o seu problema de gagueira,e no fim não acontece nenhum milagre,ele apenas teve um resultado aceitável proveniente de todo o seu esforço.( Não encontrei um link válido pra baixar,mas o filme pode ser encontrado em qualquer locadora e está a venda aqui).

Nota:  4

Livro: Rosas na Chuva (Autora:  Rosamunde Pilcher)

Livro - Flores Na Chuva E Outros ContosDescriçãoObservadora, apaixonada, conhecedora profunda da alma humana, Rosamunde Pilcher explora corações e mentes das pessoas comuns com extraordinária percepção.Um garoto que quer montar uma casa de bonecas e encontra mais do que um amigo para ajuda-lo. Um jovem jardineiro que realiza mais do que um mero trabalho ? a possibilidade de concretizar seus sonhos como pintor. Uma jovem que se encontra no dilema de vencer o medo de esquiar ou ter que desistir de seu amor... É ajudada por alguém muito especial. Um marido recém-casado que tenta conciliar com a esposa sua paixão pelo golfe e se vê surpreendido por uma solução inesperada do destino. E muito mais: histórias de pequenos dramas pessoais tão importantes quanto as crises mundiais; histórias de amor e perda, felicidade e desencanto. Todos os tipos de personagens que os leitores de Rosamunde Pilcher adoram encontram-se neste livro inesquecível e encantador.

Comentário: Esse foi tirado do antigo acervo da minha mãe, quando eu tinha por volta de 11 anos,lembro-me que ela tinha encontrado ele na rua,junto com vários outros, entregues ao relento e a chuva (o meu pequeno coração de leitora doí só em pensar nisso).É um livro leve,porém com alguns toques dramáticos,fala sobre relacionamentos,sejam eles amorosos,de amizade ou com a família.Gosto muito de livros que reúnem crônicas,mas dentro desse gênero,são poucos que me agradam, esse é uma exceção.Aborda também: mudanças,adaptação e tolerância,coisas preciosas que border ou não, tentamos evoluir a cada dia.( Não encontrei versão em PDF pra baixar,mas ele está a venda aqui ).

Nota: 3

RESUMO DO DIA:
CORTES:0
TENTATIVAS DE SUICIDIO:0
OBSERVAÇÃO: TROCO UM RIM POR UMA BANHEIRA DE GELO.


Pais amorosos ou amor pressionado?


   Quando um casal decide ter um filho, para coroar a família perfeita, ambas as partes depositam uma expectativa e projeções que conseguiram ou não cumprir em sua vida.
-Que coisa masi fofuxca zenti,vai ser o orgulho do pai,um médico renomado que vai achar a cura do câncer, praticar esportes no tempo livre,almoçar com os pais e ainda terá tempo pra dar uma rapidinha a noite com uma loira bem gostosa!
  Se todo o sonho cor de rosa que eles planejavam não acontecer, temos duas opções:
1- Seguir um caminho diferente.mas de igual sucesso.
2- Nos conformar com uma vida mediocre,e com nossos próprios problemas.

 No caso de escolher a segunda opção eles tem 3 alternativas:
1- Nos amar independente de qualquer coisa.
2- Nos suportar porque somos uma obrigação,e como obrigação, devem cumprir o papel de pais exemplares, e fingir que nos amam apesar de talvez o filho ter 30 anos,desempregado e com crises existenciais.
3- Nos suportar e deixar bem claro que não gostam da nossa presença.
  
  Que a sociedade respira hipocrisia,todos sabem,e penso que cada vez mais o quadro se expande.Somos obrigados a amar todos,sermos felizes e não questionar os momentos difíceis porque são um aprendizado.
  Dentro desse grande circo,os pais aprendem e reproduzem o comportamento de que sempre devem amar os seus filhos,aliás,eles o colocaram no mundo,e em caso de adoção,eles o escolheram,tirando teoricamente  a culpa de rejeição das costas dos filhos.O que eu presencio diariamente são os quesitos 2,e 3 acima.
  É muito fácil amar um filho quando ele é bem sucedido,comportamento exemplar e tem relações estáveis,quero ver amar um fracassado que se arrasta pelas paredes.Muitos vão dizer "tem mães que amam seus filhos mesmo assim",sim,esse post está se referindo a uma maioria,e essa maioria não ama,sente pena e culpa,dando assim,o minimo do apoio necessário,ou nem isso.
  Não quero entrar em discussões sobre amar ou não seu filho drogado,bandido ou psicopata.Só quero que tanto pais ou filhos pensem um pouco sobre a relação que construíram,e as origens dela.
  Ainda vou escrever muito sobre família,mas por hora,peço que sejam sinceros com seus próprios sentimentos e reflitam sobre o que realmente sentem,esse é o primeiro passo para a mudança,o amor é construído e essa construção começa quando sabemos o que se passa dentro de nós.


RESUMO DO DIA:
CORTES:0
TENTATIVAS DE SUICÍDIO:0
OBSERVAÇÃO: A VIDA SEM LUZ A PRINCIPIO É IRRITANTE,AOS POUCOS VAI FICANDO INTERESSANTE.
   
  
  

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Cortes & Queloides


 "Cortes & queloides", a famosa dupla musical do borderline,mas também poderia se chamar "alivio & arrependimento","dor & cicatriz" ou "sangue e anos de tratamento caríssimo a laser".
  Um capitulo a parte para qualquer border é a automutilação,a imagem ao lado (retirada da internet) não é doce,mas demonstra bem o que acontece nas horas de crise,dor e sofrimento,nos cortamos para aliviar a explosão de sentimentos interna que não conseguimos suportar.
  Não adianta,só quem se corta entende como isso acontece na nossa cabeça,as pessoas que veem de fora acham o cumulo da loucura alguém cortar a própria pele e ver o sangue escorrer,se certificando de que é real.
  Se o  corpo humano fosse evoluído de tal forma que assim que terminássemos de nos cortar, a pele se regenerasse imediatamente sem qualquer vestígio,o border se automutilaria a todo momento.Creio que a única coisa que nos impede de praticar isso o tempo todo são as cicatrizes,na verdade,as lembranças dela e as pessoas que olham com total desprezo.Certa vez quando fui dormir na casa de uma colega da faculdade ela me perguntou porque eu tinha aquelas cicatrizes,como as minhas se localizam em um lugar incomum,eu inventei uma trágica história,e ela acreditou,soltando a pérola:
- Ainda bem,pensei que você fosse um daqueles loucos que se cortam.
  "AINDA BEM,PENSEI QUE VOCÊ FOSSE UM DAQUELES LOUCOS QUE SE CORTAM",essa frase martelou na minha cabeça por muito tempo,a história que eu contei envolvia coisas nojentas da escoria humana,e ainda sim ela preferia que alguém tivesse feito esse tipo de coisa com uma criança do que a simples ideia de que eu me cortasse.
  As pessoas não estão prontas para lidar com as singularidades do border,e isso afeta de forma monstruosa as nossas vidas. Alguns meses atrás eu comecei a usar roupas que nunca usei,por conta da exposição das queloides,e MUITAS vezes deixei de transar com alguém só pelo fato da cara que fazem quando veem as marcas,perguntam,questionam e querem saber o porque da sua existência, sempre minto, ninguém sabe o que realmente aconteceu ou acontece.Se sabem a verdade nos taxam de coitados e loucos,sendo apenas digno de pena e raiva por não ser uma pessoa psicologicamente normal. Com certeza vocês já escutaram algum comentário do tipo: "essa gente que tem depressão é tudo fresca","isso é preguiça","é desculpa pra não fazer nada","eu odeio essa gente louca".É bem difícil se expor e se aceitar,quando pessoas queridas ao nosso redor debocham de gente como nós na nossa cara,e muitas vezes sem saber que a pessoa a quem estão se reportando sofre desse mal.Por isso muitas vezes prefiro o silêncio ou o barulho dos meus pensamentos do que ir na praia,sair e me abrir a julgamentos de algo que ficou marcado por atitudes que não tive controle.

RESUMO DO DIA:
CORTES:0
TENTATIVAS DE SUICÍDIO:0
OBSERVAÇÃO:ESSE CALOR ME DEIXA MAIS ATORMENTADA DO QUE DE COSTUME.