quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pais amorosos ou amor pressionado?


   Quando um casal decide ter um filho, para coroar a família perfeita, ambas as partes depositam uma expectativa e projeções que conseguiram ou não cumprir em sua vida.
-Que coisa masi fofuxca zenti,vai ser o orgulho do pai,um médico renomado que vai achar a cura do câncer, praticar esportes no tempo livre,almoçar com os pais e ainda terá tempo pra dar uma rapidinha a noite com uma loira bem gostosa!
  Se todo o sonho cor de rosa que eles planejavam não acontecer, temos duas opções:
1- Seguir um caminho diferente.mas de igual sucesso.
2- Nos conformar com uma vida mediocre,e com nossos próprios problemas.

 No caso de escolher a segunda opção eles tem 3 alternativas:
1- Nos amar independente de qualquer coisa.
2- Nos suportar porque somos uma obrigação,e como obrigação, devem cumprir o papel de pais exemplares, e fingir que nos amam apesar de talvez o filho ter 30 anos,desempregado e com crises existenciais.
3- Nos suportar e deixar bem claro que não gostam da nossa presença.
  
  Que a sociedade respira hipocrisia,todos sabem,e penso que cada vez mais o quadro se expande.Somos obrigados a amar todos,sermos felizes e não questionar os momentos difíceis porque são um aprendizado.
  Dentro desse grande circo,os pais aprendem e reproduzem o comportamento de que sempre devem amar os seus filhos,aliás,eles o colocaram no mundo,e em caso de adoção,eles o escolheram,tirando teoricamente  a culpa de rejeição das costas dos filhos.O que eu presencio diariamente são os quesitos 2,e 3 acima.
  É muito fácil amar um filho quando ele é bem sucedido,comportamento exemplar e tem relações estáveis,quero ver amar um fracassado que se arrasta pelas paredes.Muitos vão dizer "tem mães que amam seus filhos mesmo assim",sim,esse post está se referindo a uma maioria,e essa maioria não ama,sente pena e culpa,dando assim,o minimo do apoio necessário,ou nem isso.
  Não quero entrar em discussões sobre amar ou não seu filho drogado,bandido ou psicopata.Só quero que tanto pais ou filhos pensem um pouco sobre a relação que construíram,e as origens dela.
  Ainda vou escrever muito sobre família,mas por hora,peço que sejam sinceros com seus próprios sentimentos e reflitam sobre o que realmente sentem,esse é o primeiro passo para a mudança,o amor é construído e essa construção começa quando sabemos o que se passa dentro de nós.


RESUMO DO DIA:
CORTES:0
TENTATIVAS DE SUICÍDIO:0
OBSERVAÇÃO: A VIDA SEM LUZ A PRINCIPIO É IRRITANTE,AOS POUCOS VAI FICANDO INTERESSANTE.
   
  
  

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